A operação de transporte rodoviário de cargas conta com alta demanda no Brasil. Por conta da grande dimensão territorial nacional, possuímos um dos maiores fluxos de deslocamento de mercadorias entre regiões do mundo. A alta dos combustíveis impacta diretamente nos preços dos demais produtos, por conta do aumento de custo na cadeira produtiva e logística.
Segundo informações do Estradão, o combustível voltou a subir na semana de 10 a 16 de abril, baseado em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ANP. A gasolina obteve leve alta, enquanto o diesel registrou ligeiro recuo comparado com a semana anterior.
A gasolina subiu 0,3%, para o preço médio de R$ 7,219 o litro, com o preço mais alto e o mais baixo registrados no Sudeste, de R$ 8,499 e R$ 6,099, respectivamente. O preço médio de venda do diesel no País caiu 0,2%, para R$ 6,587 o litro, com o mais caro a R$ 7,900 na região Norte e o mais barato a R$ 5,200 na região Sudeste.
O preço do petróleo continua volátil no mercado internacional, ainda impactado pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e tem girado em torno dos US$ 100 o barril, com alguma redução no preço dos derivados.
A disparada dos preços do petróleo no mercado internacional, fez a Petrobras reajustar os combustíveis em dois momentos este ano:
- 11 de janeiro Gasolina: +4,85% / Diesel: +8,08%
- 10 de março Gasolina: +18,77% / Diesel: 24,9%
Quando ocorrem aumentos na refinaria, os custos podem ser ou não completamente repassados pelas distribuidoras e pelos postos de combustíveis, até o consumidor final. E este é o primeiro impacto no orçamento das famílias: o aumento da despesa para abastecer um veículo.
Os dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram o peso das altas para os consumidores no ano passado:
Inflação dos combustíveis em 2021
- Gasolina: +47,49%
- Diesel: +46,04%
Os impactos dos aumentos de 2022 ainda serão captados pelos índices de inflação nos próximos meses. Os reajustes irão se espalhar pela economia, contaminando outros produtos e serviços, naturalmente.
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A alta dos combustíveis para a economia
Um levantamento feito pelo Google apontou para um aumento significativo das buscas por temas relacionados ao aumento no preço dos combustíveis no Brasil.
Segundo pesquisa desenvolvida na ferramenta Google Trends, os brasileiros querem entender o porquê do aumento no valor do litro da gasolina nas últimas semanas. Os internautas também buscaram por explicações para a diferença entre os preços do combustível no Brasil e em outros países.
O aumento no preço ocorre em decorrência da implementação do reajuste de 18,8% no preço da gasolina comum cobrado nas refinarias anunciado pela Petrobras em 10 de março. A empresa reajustou ainda o preço do óleo diesel em 24,9% e do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, em 16%.
Atualmente, tratando-se da gasolina, economistas acreditam que o combustível comercializado pela estatal representa cerca de 33% do preço, então a alta de quase 19% nas refinarias deve resultar em aumento de 6,2% na bomba.
Segundo a consultoria Global Petrol Prices, o Brasil ocupa a 89ª posição em um ranking de 170 países em relação ao preço da gasolina. De acordo com o levantamento, elaborado em 14 de março, o litro do combustível é vendido por aqui por, em média, a US$ 1,31 (R$ 6,60).
O resultado é que o Brasil fica na metade da tabela, atrás dos Estados Unidos (R$ 6,36) e de países vizinhos como a Colômbia (R$ 3,21) e o Equador (R$ 3,46). A gasolina mais barata do planeta está na Venezuela (R$ 0,13 por litro) e a mais cara em Hong Kong (R$ 14,77).
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O impacto da alta dos combustíveis no mercado de transportes
A Petrobras colocou em vigor um reajuste de aproximadamente 25% no diesel. Para o segmento de transportes, a decisão piorou uma situação que já era complexa. A expectativa de preços mais estáveis pós-pandemia de Covid-19, cenário estimado para este ano, não aconteceu.
Sobrou para os transportadores a possibilidade de repassar o aumento de custos para a economia, reajustando os fretes em até 29%.
Segundo o site Garagem360, há poucos dias, o Conselho Nacional de Estudos em Transporte da NT&C Logística, manifestou-se através de nota e enalteceu a necessidade da recomposição do preço do frete em razão dos aumentos dos insumos do transporte devido à alta do combustível, em especial, do diesel.
“O aumento do preço do diesel acarreta a necessidade de reajuste adicional no frete de, no mínimo, 8,75%, fator este que deve ser aplicado emergencialmente nos fretes, acumulando um reajuste total de 28,96% na carga fracionada e 28,82% na carga lotação.”
A CNT, Confederação Nacional do Transporte, entidade que representa o setor de transportes no Brasil, defende a necessidade da recomposição imediata do preço do frete rodoviário
A Confederação entende que tal medida se justifica para evitar o colapso de inúmeras empresas transportadoras, que antes mesmo desse novo reajuste, já vinham negociando com os seus clientes o repasse dos quase 50% de aumento no diesel registrado em 2021.
Sem questionar a legitimidade da Petrobras na sua política de preços, a CNT enaltece que a trajetória crescente dos valores cobrados pelo insumo impacta diretamente a atividade transportadora, seja a do segmento de cargas ou de passageiros, que já operam com margens bastante reduzidas de lucro.
Infelizmente, quem vai pagar a conta é o consumidor final, visto que as empresas de transporte repassarão para a indústria e para o comércio a alta. E esses, por consequência, vão reajustar todas as mercadorias em circulação.
Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres, ANTT, o Brasil conta atualmente com cerca de 1 milhão de transportadoras, divididas em transportadores autônomos de carga, empresas de transporte rodoviário e cooperativas de transporte, com uma frota que ultrapassa 2 milhões de veículos registrados.
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